Resident Evil 3 o ‘Restô dontê’ da série ?

Chegando logo no ano seguinte ao lançamento de RE2, em novembro de 1999 Resident Evil 3 coloca novamente o jogador sobre a pele de Jill Valentine uma das protagonistas do primeiro jogo de volta a Racoon city com a missão de resgatar o prefeito da cidade antes que a mesma seja destruída por uma ogiva nuclear.

O jogo foi distribuído em uma única mídia de CD para as plataformas Playstation, PC, DreamCast E GameCube.  Considerado por muitos como uma das ovelhas negras da série RE3 é visto um passo atrás no avanço da franquia por que evolui pouco em relação a gráficos, jogabilidade ou mesmo na história. Os eventos deste jogo se passam antes de Resident Evil 2 e cronologicamente terminam depois com a cidade sendo destruída por uma bomba nuclear para evitar a contaminação do vírus em outras cidades.

O jogo originalmente foi concebido como um spinoff da série e se chamaria apenas Resident Evil Nemesis sem ter o número no título. Contudo a Capcom aceitou fazer um acordo com a Sony que queria que o jogo fosse uma trilogia no playstation e desta forma eles acabaram tornando o spinOff em um jogo da linha canônica oficial colocando o número 3 nele. Os destaques do jogo ficam por conta das cenas dos embates entre Jill Valentine e Nemesis, um novo tipo Tyrant desenvolvido como bio arma e que tem a missão de acabar com Jill. 

Nemesis é a evolução do Mr X de Resident Evil 2. Se antes era possível fugir facilmente do Mr X em RE2 por que ele apenas caminhava pelos cenários, Nemesis pode correr e carregar armas de fogo como uma bazuca se tornando uma ameaça bem mais letal. RE3 foi considerado um sucesso embora seja visivelmente um projeto que recebeu menos investimento que a versão anterior e muitos dos objetos e cenários do jogo foram reaproveitados de RE2. inclusive um dos cenários que passamos a delegacia de Racoon City.

Aspectos positivos ficam por conta de pequenas melhorias gráficas do jogo e por trazer de volta Jill Valentine em uma versão mais “dark” da sua personalidade em contra-ponto a personalidade mais “fofa” dá sua versão em RE1. O jogo também conseguiu transmitir muito bem a sensação de impotência com relação a situação que está ocorrendo na cidade e isso fica bem claro no momento em que tentamos salvar uma criança que está fugindo dos Zumbis e gritando por socorro mas que minutos depois encontramos morta devorada por Zumbis. Essa é uma cena impactante e que foi removida do Remake de 2020 que discutiremos a seguir.

Assim como RE2, RE3 também ganhou um remake nos mesmos moldes que RE2 ganhou  no ano de 2020 disponível para PC, PS4 e Xbox One. Com uma Demo lançada alguns meses antes e que fizemos uma gameplay completa aqui no nosso Canal .

Originalmente boatos diziam que este remake de Resident Evil 3 seria um DLC para o remake do Resident Evil 2 lançado no ano anterior. Mas a Capcom quis ganhar um dinheiro extra e resolveu lançar como um jogo Standalone. Críticas ao remake foram feitas sobre a duração da campanha (em torno de 7 horas) e pelos problemas existentes no RE3 original como uso intensivo de assets (Objetos e cenários) do jogo anterior. No geral a campanha é descrita como intensa porém curta e vários aspectos da história e dos cenários do RE3 original não foram recriados aqui .

Assim como aconteceu com RE2, o RE3 original também ganhou um upgrade no PC feito pela SourceNext em 2006 exclusiva para o Japão e que teve os mesmos tratamentos que o jogo  anterior. Compatibilidade com Windows XP, Videos com maiores resoluções e mais frames por segundo e disponibilização em midia de DVD o que não era uma grande vantagem uma vez que a versão anterior vinha em CD. Críticas a esta versão ficam por conta dos problemas na parte gráfica “in Game” que permanecia com os bugs da versão anterior. Algumas cenas de morte também foram censuradas nesta versão.

Como já falamos anteriormente, Resident Evil 3 não avança muito na história da série. Mas não se preocupe! Nosso próximo artigo vai abordar um game que resolve muito bem essa questão